A nova orla




Betty Watanabe

Os blocos de foliões da Terceira Idade apareceram para confirmar a nova atração do Carnaval. Para completar o cortejo, a turma da APAE. A passarela “informal” do samba foi a nova orla. E não foi um amor que se desfaz na quarta-feira de Cinzas ou que derrete como chocolate depois da Páscoa.

A nova orla nunca foi tão visitada e admirada como agora, tanto pelos moradores como pelos turistas. Não que antes não era apreciada, tinha o encanto de naturalidade.

Havia um calçadão em frente às residências de uns seis metros de largura. Muitos moradores plantaram coqueiros, outros fizeram pequenos jardins cercados no meio, tudo que impossibilitasse o estacionamento de veículos sobre o calçadão.

Com a modernização da orla da praia, que ainda não está totalmente concluída, tivemos uma grande mudança. A avenida recebeu novo piso todo avermelhado, com uma ciclovia e uma faixa para pedestres, fora a nova iluminação, que a deixou mais segura por causa da claridade.

As pessoas mudaram. Elas usufruem desse novo espaço, desde o amanhecer até altas horas da noite, de todas as idades, praticando várias atividades físicas, caminhando, andando de bicicleta, de skate, de patins. Amigos que não se viam – pela correria diária - agora se encontram e batem papo. A presença de cadeirantes também se tornou frequente.

A orla da praia, oficialmente chamada de Avenida Presidente Vargas, virou o mais novo Cartão Postal da cidade de Itanhaém.

Obs.: Este é 22º texto a partir do curso "Como escrever crônicas", na Realejo Livros, em Santos. 

Comentários